Conceito de Geografia

Geografia: importante ciência para entender nosso planeta

Conceito

Geografia é uma ciência que estuda as características da superfície do planeta Terra, os fenômenos climáticos e a ação do ser humano no meio ambiente e vice-versa.
Importância do estudo

A Geografia é uma ciência muito importante, pois permite ao homem compreender melhor o planeta em que vive. Para isso, esta ciência dispõe de diversos recursos matemáticos e tecnológicos. A estatística, por exemplo, é muito usada na área da pesquisa populacional. Os satélites são fundamentais na elaboração de mapas, além de fornecerem dados importantes para a verificação de mudança na vegetação do planeta.

No Brasil, o estudo da Geografia é obrigatório para os alunos do Ensino Fundamental e Médio e deve ser oferecido pelas escolas.

Principais áreas da Geografia e exemplos de temas estudados por cada área:

- Geografia Física: relevo, rios, vegetação.
- Geografia Humana: população (crescimento demográfico, alfabetização, migração, etc).
- Geografia Política: relações políticas, conflitos entre nações.
- Cartografia: elaboração e interpretação de mapas
- Geografia Turística: desenvolvimento do turismo mundial e regional.
- Geografia Urbana: desenvolvimento das cidades, planejamento urbano.
- Geografia Social: problemas sociais (violência, desemprego, falta de habitação)
- Geografia Agrária: questões ligadas ao campo (meio rural)
- Geomorfologia: formas da superfície terrestre
- Climatologia: climas, temperatura e fenômenos climáticos (seca, furacões, tempestades)
- Hidrografia: estudo dos recursos hídricos (mares, rios, lagos, oceanos).

Curiosidade:

- O profissional que atua em Geografia é conhecido como Geógrafo.


quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A Educação do campo: Contradições e soluções

A Educação do campo: Contradições e soluções


Na atualidade presenciamos uma Educação do Campo onde as práticas pedagógicas são desenvolvidas numa perspectiva urbana, pois a mesma não está direcionada às demandas e realidades do campo. É preciso pensar numa forma de “ensinar”, onde todos tenham o direito e receba uma educação com qualidade e vinculada às problemáticas sociais vividas pelos sujeitos presentes naquele meio social, ou seja, um delineamento de propostas que venham ao encontro de uma didática educacional direcionada ao atendimento da “especificidade do campo”, mostrando a importância do mesmo para a sociedade em geral.

Os procedimentos metodológicos para o campo se estruturam a partir das determinações do modo de produção capitalista e também a partir de uma educação voltada para a cidade, porque é considerada mais desenvolvida.

Atualmente, o novo modelo tecnológico traz como conseqüência um projeto de desenvolvimento que exclui os pequenos agricultores, priorizando interesses do capital de produção em grande escala e de forma mecanizada. Com isso podemos perceber que no atual modelo de desenvolvimento da agricultura, são produzidas tecnologias para ampliar cada vez mais a relação de dominação entre agricultura capitalista e agricultura familiar.

Neste contexto, percebe-se o quanto o desenvolvimento da educação no campo têm sido desenvolvido e organizado numa perspectiva da educação para o capital, distante da realidade cultural, social e econômica existente nas propriedades rurais. Na perspectiva do capital, a educação não oportuniza a estes sujeitos condições de mudança e sim de aceitação e submissão a essa lógica excludente.

De modo contraditório, é uma educação escolar adequada às exigências da cultura urbano-industrial, que principalmente a partir da segunda metade do século XIX, vem sendo proposta juntamente com a “preocupação com a expansão de escolarização das massas trabalhadoras”.

Ainda é pertinente ressaltar que a concepção de educação que vem sendo empregada no campo é desenvolvida pela cultura elitista, não tem favorecido satisfatoriamente para acabar com a evasão escolar, não tem elevado à escolaridade dos sujeitos, sua cultura e seu padrão de vida. Há ainda insatisfação, ocasionada pelo acesso tardio à escola que na maioria das vezes, nas regiões mais pobres do Brasil, principalmente no Semi-árido brasileiro, são oferecidas sem condições de oportunizar saberes para a criança, o adolescente, os jovens e adultos devido à precariedade de investimentos dessa política pública.

É neste sentido, que historicamente, o campo é considerado como inferior à cidade, principalmente porque
ele acaba por subordinar-se ao capital e ser determinado por ele. Esse é um dos motivos que vem provocando uma grande migração do homem do campo para a cidade, pois existe certa hegemonia do modelo de vida urbana caracterizando-se assim, como um dos maiores atrativos para a migração de jovens do campo. Por isso, é importante se desenvolver um projeto de educação que contribua para a realidade do campo, o fortalecimento da agricultura familiar torna-se fundamental.

Portanto, é urgente buscar-se uma educação voltada para o campo, priorizando a cultura local, visando o seu desenvolvimento, mostrando técnicas que façam o agricultor permanecer no local de vivência sem ter que migrar para os grandes centros em busca de oportunidades para viver melhor. Pois, nesse espaço existem pessoas que produzem conhecimento na sua relação de existência e sobrevivência. Há uma produção cultural no campo que deve se fazer presente na escola.

É preciso passar para os indivíduos do campo que apesar das transformações que houve no campo, como o desenvolvimento de novas tecnologias que trouxe a modernização agrícola, substituindo a mão de obra humana por tratores, colheitadeiras e plantadeiras, ainda existe uma tranqüilidade que não encontramos nas cidades. A vida no campo é cercada de tranqüilidade, das manhãs frias, do entardecer, do barulho do riacho, dos passarinhos cantarolando, do cheiro das flores e do pomar cheio de frutas, do admirar as noites enluaradas, o esperar de cada estação e o que cada colheita poderá oferecer.

No entanto para que a educação do campo tenha outra “cara” encontramos vários desafios, por isso, os professores precisam entender as contradições profundas que passam o campo brasileiro hoje, tomar posição e ajudar aos que querem permanecer no campo, este como espaço de produção da vida. Além de tentar passar através de sua prática que o campo não é um espaço de negócio e que a educação do campo está em um rico processo de construção. Assim sendo, é preciso que os educadores contribuam para além de sua prática educativa. Isso significa refletir sua prática, registrá-la e sistematizar as práticas e experiências que estão sendo desenvolvidas no campo.

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